sábado, 9 de maio de 2009

Enquete: Você tem facilidade para reatar amizades quebradas?

Meus inimigos, sem contar as antipatias, cabem perfeitamente nos dedos da mão (and I missed no finger). As antipatias são perfeitamente naturais e eu sei disso porque convivi com cerca de 400 camaradas em uma escola militar durante quatro anos. Sempre existe aquele mala cujo papo não nos agrada, que nos olha de cima, que não doa sangue por se achar possuidor de sangue azul. Mas que não fiquemos nos achando, alguns ou muitos podem pensar o mesmo a nosso respeito. Quem possui unanimidade pode se considerar o próximo Papa.

Vou logo respondendo à enquete: Não, não reato as amizades perdidas, ou seja, não tomo a iniciativa. Se aquele que me contrariou tiver deixado feridas leves e pedir perdão, posso reconsiderar. Porque eu penso que nunca chamei ninguém de ladrão, quadrilheiro, sacripanta, ou tentei impor à força meus pontos de vista. No entanto a decisão de colocar o fulano no arquivo morto foi sempre iniciativa minha.

Já estive na política mas não emplaquei. A política é, por assim dizer, um submundo. Nela campeiam a delinquência, o crime organizado e a falta de convicções. O inimigo de hoje poderá ser o amigo de amanhã, sem ao menos um pedido de perdão. Uma desculpa por parte do ofensor poderá aparecer para salvar as aparências. O que conta são as forças ocultas (vide caso de Mangabeira Unger, o Confúcio do Planalto, versus Lula).

Eu gostaria de ser posto à prova, ter a chave do cofre sob a minha guarda, ter uma posição de poder, ter brigado com "o" figura e precisar dele para concretizar meus planos de ampliação de influências. Sei que sou honesto para pequenas quantias, mas para arrebentar o cartão corporativo, fazer a farra do avião, andar com dólares na cueca, fazer pacto com o diabo, nunca fui testado.

Por isso é que vejo todo mundo xingar todo mundo, o Lula ao Sarney, o Lula ao Collor, o Collor ao Lula, para ficar apenas nessas figuras, e hoje comem todos à mesma mesa. Pior, ninguém se pergunta o que há por trás desses fatos, aliás, ninguém pergunta nada, apenas acham que o presidente é um tio simpático, que tem a mania de ser engraçado. Abaixo, tirando sarro do Bush, fingindo jogar um sapato.

Ouça a entrevista do Lula no programa do Milton Neves:



Gostou? Então clica aqui e escuta mais!

No áudio, a opinião de Lula sobre Collor e sendo profeta de si mesmo. Curiosamente todos os arquivos que contêm a resposta de Collor a esse depoimento foram apagados. Vale ressaltar que com o apoio de Sarney e a anuência de Lula, o senador Fernando Collor assumirá o comando da Comissão de Infraestrutura do Senado, que irá acompanhar e fiscalizar obras do PAC, tendo vencido a disputa com Ideli Salvatti, líder do PT até este ano. E ninguém pediu perdão a ninguém pelas más palavras.

E você, tem facilidade para reatar amizades quebradas, espezinhadas, ou acha que tudo são flores?

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