segunda-feira, 5 de julho de 2010

Obrigado Dunga!

por Haroldo Barboza *

"Obrigado Dunga. Você fez sua parte com louvor. Seremos sempre gratos a você.
Não teremos de aturar pilantras desfilando em carros dos bombeiros enquanto a nação arde nas chamas da incompetência, da corrupção e da impunidade."


Os times populares brasileiros de futebol não deram sua cota adequada de contribuição para que o povo desperte da ilusão de que tudo está bem. Mesmo com um futebol de baixa qualidade, conquistaram merecidamente os títulos em seus estados e, com isto, provocaram euforia em quase metade da população nacional, que por alguns dias esquecem a falta de alimentação, saúde, emprego e esperança. Pessoas sem apoio social permanecem anestesiadas por quase um mês dando tempo ao governo para se arrastar mais um tempo sobre suas mancadas armadas. As festas pelas conquistas ainda ecoam pelos ares, alimentando a alma da população sofrida. O brilho dos campeões supera o perigo dos futuros apagões e falta de futuro para nossos jovens.

Já a seleção nacional, composta por jogadores que já estão bem estabelecidos na vida, mas são oriundos de regiões pobres e sofredoras (e ainda se lembram das dificuldades dos tempos da infância?), numa profunda demonstração de civismo, comandados por Dunga, abriram mão de disputar um título inédito na África, que poderia lhes render mais alguns milhares de dólares nos prêmios e atuaram de forma bisonha, para não correrem o risco de vencerem um torneio preparado pelos patrocinadores para colocá-los na final. Com isto, evitaram heroicamente, que o governo usasse o feito como mais uma realização social em prol da felicidade geral. O pé-frio oficial mais uma vez secou um esportista nosso.

Agradecemos a Dunga (o bravo comandante desta cruzada e que heroicamente peitou a TV Bobo) por não ter convocado os melhores, tentando nos impedir que chegássemos ao título da copa de 2010 e ajudando a aumentar a insatisfação popular, nos permitindo congregar forças para derrubar este sistema que nos asfixia e nos transforma em escravos das elites dominantes. Temos de torcer para que ele (ou o próximo técnico) dê continuidade a este caos esportivo para receber uma estátua tão logo tenhamos sucesso em nosso projeto de libertação da nação. Espero que não chamem o Luxemburgo. Se o chamarem, que não aceite, para não ajudar aos abutres no uso indevido do esporte para esconder suas sujeiras.

Já imaginaram a tragédia que poderia acontecer se a nossa seleção vencesse a copa em junho de 2010? Os jornais domesticados pelos poderosos patrocinadores que enriquecem à custa de nosso sofrimento eterno ficariam ocupados com manchetes relativas ao feito esportivo durante quatro meses alimentando uma campanha eleitoral apoiada apenas no sucesso esportivo. Seria lançada uma novela no horário nobre mostrando a vida do artilheiro que nos deu o título.

Neste período antes da farsa cívica, os abutres do poder terão que se empenhar para adulterarem as urnas (já treinaram no Senado) e montar os conchavos de fatiamento do que ainda resta do nosso sucateado patrimônio público.

Obrigado Dunga. Você fez sua parte com louvor. Seremos sempre gratos a você.

Não teremos de aturar pilantras desfilando em carros dos bombeiros enquanto a nação arde nas chamas da incompetência, da corrupção e da impunidade.


Nossa sociedade é um colosso. Sobrevive no fundo do poço.

Referendo de sucesso será o que propuser expurgo no Congresso.

* Haroldo P. Barboza - RJ/Vila Isabel
Matemática (infantil) / Informática (adulto)
Autor do livro: Brinque e cresça feliz.

domingo, 4 de julho de 2010

A Inconfidência Mineira ou A Dilma sem Photoshop

Você vai votar na Dilma? Meus pêsames! A criatura é mal educada, arrogante, prepotente, não respeita nem os amigos, os que lhe dão suporte. Ah, ela vai dar continuidade ao jeito analfabeto de governar do Lula? Nem isso. Morda seu dedo pra ver se sai Coca-Cola...

Aqui procês...

Será que posso contar aqui algumas coisas que fiquei sabendo? O certo é que não me pediram segredo, não sei se pelo fato de a pessoa que me contou não saber que sou "jornalista". De certa forma um blogueiro, muitas vezes, se "acha" um jornalista. E tem mais, nesses dias em que tudo é filmado, gravado ou fotografado, não me chegou às mãos nenhum documento. Confio na testemunha auditiva e ocular da insólita cena. Ou será que a pessoa que proporcionou tão vexaminosa situação tem a arrogância como norma de conduta?

Geralmente as pessoas que ocupam posição de destaque na indústria, no comércio, na política, onde quer que seja, têm por obrigação tratar com civilidade e educação as pessoas de suas relações, amigos, colegas, parceiros, subalternos ou pessoas do povo. Já outros não são do ramo, têm o nariz em pé, são arrogantes, possuem um sorriso falso no público e um comportamento troglodita no privado. É de uma pessoa assim que eu quero falar nessa Inconfidência Mineira, título que lembra o célebre movimento em Minas Gerais mas que se refere apenas a uma possível indiscrição de minha parte. Mas a ninguém foram pedidas salvaguardas. Então...

Em um Ciep do Rio de Janeiro houve uma homenagem à candidata Dilma Rousseff, possivelmente uma daquelas campanhas antecipadas, proibidas pelo TSE. Presentes, como sempre, o prefeito da cidade, Eduardo Paes e o governador do Estado, Sérgio Cabral. Cabral é uma pessoa que está sempre rindo, não se sabe bem de quê mas é assim que ele sai nas fotos. Daí que veio todo pimpão pro lado da Dilma (nada a ver com o jogador Pimpão do Vasco da Gama) e, com o seu melhor sorriso, esbanjando bom humor, disparou: "E aí, ministra, e aquela nossa verba que ainda não saiu, qual a perspectiva que a senhora nos dá"?

Não prestou. A arrogante pessoa apontou-lhe o dedo, não o da foto acima, e enquadrou o governador, seu aliado político:

- Não saiu (a verba), e não vai sair. E o senhor está sendo muito inconveniente em tratar desse assunto nessa solenidade (quase que ela fala, comício).

O deputado federal do Estado que estava ao lado dela sentiu uma grande vergonha, que o deixou profundamente deprimido, qual criança que em sala de aula faz xixi nas calças. Sérgio Cabral ficou atônito, branco como cera, Eduardo Paes não menos.

Sérgio Cabral não quis mais papo. Virou as costas e saiu de perto da figura. Essa é a Dilma. Quem tem uma amiga dessas não precisa de inimigo. A consideração que ela tem com seus amigos é a mesma que tinha com os soldados do exército em quem jogava bomba em cima. Do revólver da "colega de armas" de Zé Dirceu por certo não saiam flores para os inocentes.

E seus eleitores que não se enganem, na remota hipótese de Dilma se eleger, ela dará um pé na bunda do Lula. Que 2014 que nada, seu Lula! Agora é Dilma, dizem seus eleitores.
Dilma não me agrada. Seu modo autoritário e tatibitate de falar, sua cara repaginada. Tudo soa falso, como nota de três reais.

Sobre a veracidade desses fatos perguntem ao Cabral ou ao Paes. Quem bate é possivel, mas quem apanha nunca esquece. O deputado federal a quem se revelou essa grande falha do caráter da Dilma? A quem interessar eu posso revelar. E não peço segredo.
 
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